Classificação Multidimensional (Escores do Paciente)


Objetivo
: A classificação mutidimensional do IW visa avaliar o risco incidência de episódios de adoecimento em pacientes crônicos a partir de instrumentos de avaliação do risco validados pela literatura médica relacionados às principais morbidades observadas na população brasileira.

O IW oferece nativamente os seguintes escores de estratificação do risco como parte integrante de um protocolo de “Avaliação Geral” aplicável a crônicos:


[01] - Classificação do Risco em Pacientes Diabéticos
[02] - Classificação do Risco Cardiovascular (referência Framingham)
[03] - Classificação do Risco em Pacientes com Insuficiência Cardíaca
[04] - Classificação do Risco em Hipertensos
[05] – Classificação do Risco em Pacientes com Asma
[06] – Classificação do Risco em Pacientes com DPOC (Deficiência pulmonar obstrutiva crônica)
[07] - Classificação do Risco de Hospitalização ( pacientes acima de 64 anos - referência Pakala, C. Bolt )
[08] - Classificação quanto ao Alcoolismo (CAGE)
[09] - Classificação do Grau de Dependência ao Tabagismo (Fagerström)
[10] – Classificação do Risco de Depressão
[11] - Classificação do Risco em Pacientes com Doença Renal
[12] – Chances de Sucesso da Mudança Comportamental (O'Donnel)
[13] – Classificação Geral do Risco

Além dos escores supracitados , o IW também oferece conjuntos complementares de escores aplicáveis a diversos segmentos de avaliação de risco complementares ao gerenciamento dos processos de prevenção / promoção da saúde. Esses escores são disponibilizados em templates individualizados que podem ser aplicados de forma complementar ao instrumentos de avaliação geral a critério dos gestores.

Os seguintes escores complementares fazem parte do leque de instrumentos correntemente oferecidos pelo IW:

[A.1] – Mini Mental (MMSE – Mini Mental State Examination)
[A.2] – Escala Geriátrica de Depressão (GDS)
[A-3] – Escala de Equilíbrio e da Marcha de Tinneti
[A-4] – Escala de Equilíbrio de Berg
[A-5] – Escala de Nutrição (MNA – Mini Nutricional Assesment)
[A-6] – Escala de AIVD (Atividades instrumentais da vida diária) (Pfeffer)
[A-7] – Escala de Auto-cuidados para Diabéticos


Nota: A Incoway exerce uma ação continuada no sentido de estender os escores complementares que possam ser aplicáveis ao contexto dos processos de promoção / prevenção da saúde.




[01] - Classificação do Risco em Pacientes Diabéticos


A avaliação do risco dos pacientes diabéticos baseia-se no grau de controle e na presença de complicações crônicas da doença. Resultados de hemoglobina glicada acima dos limites normais indicam baixa qualidade do controle glicêmico e caracterizam elevação do risco do paciente diabéticos. Também são levadas em considerada a presença de complicações do diabetes e fatores de risco relacionados a alimentação e prática adequada de atividades físicas. O escore visa classificar o grau de controle do diabéticos em uma escala de três níveis (risco baixo, risco médio e risco alto).


Perguntas que compõem o escore:

1. Complicações : Retinopatia, nefropatia, neuropatia ou doença cardiovascular ? ___ (sim,não)
2. Valor da homoglobina glicada : __ Classificação resultado : ______ (ate 7% , de 7 a 8 % , acima de 8%)
3. Classificação da cintura abdominal : _____ (normal , acima do limite) (**)
4. Classificação da pressão arterial : ____ (hipotensão, ótima, normal, limítrofe, estágio I, estágio II, estágio III, hipert. sistólica isolada)
5. Hipoglicemia : ___ (sim,não) – Frequência: ___ (1 x semana, > 1 x semana, 1 x dia , > 1 x dia) – Severidade : ______ (leve, moderada, severa) (***)
6. Segue a dieta recomendada: ___ (segue rigorosamente, segue parcialmente, não segue)
7. Prática adequada de atividades físicas: ____ (sim,não).


(**) Classificação da circunferência abdominal
Homens : acima de 102 cm
Mulheres: acima de 88 cm

(***) Severidade de episódios de hipoglicemia :
Episódio leve: sem alteração de consciência
Episódio moderado: com alteração de consciência que não impede o paciente de tomar as medidas necessárias para reversão do quadro

Episódio severo: com alteração de consciência que impede o paciente de tomar as medidas adequadas para reversão do quadro.



Critérios de cálculo do escore do risco:


Perguntas

Risco baixo

Risco Médio

Risco Alto

1.

1. Complicações: Retinopatia, nefropatia, neuropatia ou doença cardiovascular ?

Não

-

Sim

2.

Valor da hemoglobina glicada

Até 7%

De 7 a 8 %

Acima de 8%

3.

3. Classificação da cintura abdominal
6. Segue a dieta recomentada
7. Prática adequada de atividades físicas

Até 1 fator de risco identificado

2 fatores de risco identificados

3 fatores de risco identificados

4.

4. Classificação da pressão arterial

( ) hipotensão
( ) ótima
( ) normal

( ) limítrofe
( ) hipertensão estágio I

( ) hipertensão estágio II
( ) hipertensão estágio III
( ) hipertensão sistólica isolada

5.

Hipoglicemia

( ) não apresenta
( ) no máximo 1 episódio leve (***) ao dia

( ) mais de 1 episódio leve (***) ao dia
( ) no máximo 1 episódio moderado (***) por semana

( ) mais de 1 episódio moderado (***) por semana
( ) pelo menos 1 episódio severo (***) por semana






[02] - Classificação do Risco Cardiovascular (referência Framingham)

O índice de risco de Framingham atribui pontos aos diferentes fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular. A somatória destes pontos está relacionada com o risco de doença em dez anos. Considera-se como risco baixo, abaixo de 10% de risco em 10 anos. Considera-se como risco alto, acima de 20% em dez anos. A pontuação do índice de risco de Framingham é diferente no sexo masculino e feminino, conforme apresentado nas tabelas a seguir:


PERGUNTAS QUE COMPÕEM O ÍNDICE DE FRAMINGHAM:

  1. Data de nascimento: |_| |_| / |_| |_| / |_| |_| |_| |_|

  2. Pressão arterial: sistólica: |_| |_| |_| X diastólica: |_| |_| |_| mm/Hg

  3. Hipertensão arterial em tratamento? |_| Sim |_| Não

  4. Colesterol HDL (colesterol bom) |_| |_| |_| |_| mg/dl

  5. Colesterol total |_| |_| |_| |_| mg/dl

  6. Fumante? |_| Sim |_| Não


CLASSIFICAÇÃO DO RISCO:


Classificação do Risco

% Risco de incidência de doença cardiovascular em 10 anos

1

Risco baixo

Menos de 10 %

2

Risco médio

De 10 a 20 %

3

Risco alto

Acima de 20 %



Tabela 1. Índice de risco de Framingham para homens.




Tabela 1. Índice de risco de Framingham para mulheres.




Referência:

- National Cholesterol Education Program. National Heart, Lung, and Blood Institute. National Institutes of Health. Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP). Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). Final Report. NIH Publication No. 02-5215. September 2002.




[03] - Classificação do Risco em Pacientes com Insuficiência Cardíaca


A avaliação do risco dos pacientes com insuficiência cardíaca baseia-se em critérios clínicos e radiológicos apresentados a seguir:


Critério de pontuação:


Parâmetro

Achado

Pontuação

1

Radiografia de Tórax

( ) Congestão pulmonar ausente
( ) Congestão pulmonar presente

0 pontos
1 ponto

2

Estertoração pulmonar

( ) Ausente
( ) Presente

0 pontos
1 ponto

3

Edema periférico

( ) Ausente
( ) Presente

0 pontos
1 ponto

4

Fadiga

( ) Ausente
( ) Presente

0 pontos
2 pontos

5

Dispnéia

( ) Ausente
( ) Inespecífica
( ) Presente aos esforços moderados
( ) Presente aos esforços mínimos
( ) Presente em repouso

0 pontos
1 ponto
2 pontos
3 Pontos
4 pontos


Pontuação máxima : 9 pontos

Classificação do Risco:


Classificação do Risco

Pontuação

1

Risco baixo

0 pontos

2

Risco médio

De 1 a 4 pontos

3

Risco alto

De 5 a 9 pontos



Referência:

- Severity Score for Heart Failure from the University of North Carolina. Fonarow GC, Adams KF Jr, et al. Risk stratification for in-hospital mortality in acutely decompensated heart failure. Classification and regression tree analysis. JAMA. 2005; 293: 572-580 (Table 2, pge 575, in footnotes).





[04]- Classificação do Risco em Hipertensos

A avaliação do risco dos pacientes com hipertensão arterial baseia-se na idade do paciente, valor da pressão arterial e na presença de fatores de risco cardiovasculares e de lesões em órgãos alvo.



Variáveis que compõem o Escore do Risco em Hipertensos

I. Classificação da Pressão Arterial

CLASSIFICAÇÃO

SISTÓLICA

DIASTÓLICA

CLASSIFICAÇÃO

NORMAL

< 130

< 85

( )

LIMÍTROFE

130-139

85-89

( )

ESTÁGIO 1

140-159

90-99

( )

ESTÁGIO 2

160-179

100-109

( )

ESTÁGIO 3

>180

>110

( )


OBS: O maior valor de pressão arterial sistólica ou diastólica é o que classifica o indivíduo

II . Presença de doença cardiovasdular

Doença Cardiovascular

Marque com X

Infarto, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico, insuficiência renal, espessamento carotídeo, doença vascular periférica, doença da aorta-dissecção ou aneurisma.




III. Fatores de Risco

Fatores de Risco

PONTOS

Tabagismo

( ) 1 ponto

Dislipidemias

( ) 1 ponto

Idade > 60 anos

( ) 1 ponto

História Familiar de DCV precoce (Homens<55 anos e Mulheres <65 anos)

( ) 1 ponto

circunferência da cintura abdominal aumentada

( ) 1 ponto

Hiperuricemia

( ) 1 ponto

Glicemia entre 100 e 125

( ) 1 ponto

PCR ultrasensível aumentada (>0,3)

( ) 1 ponto

Diabetes

( ) 3 pontos

Lesões em Órgãos-Alvo

---

Coração: hipertrofia ventricular esquerda, angina do peito, revascularização miocárdica

( ) 3 pontos

Encéfalo: acidente isquêmico transitório, alterações cognitivas ou demência vascular

( ) 3 pontos

Rins: microalbuminúria, qualquer nefropatia

( ) 3 pontos

Vasos: retinopatia

( ) 3 pontos

Presença de três ou mais “OUTROS FATORES DE RISCO” – (ver tabela abaixo ***)

( ) 1 ponto

TOTAL DE PONTOS



(***) OUTROS FATORES DE RISCO:

Outros Fatores de Risco

Marque com X

sedentarismo


dieta inadequada


abuso de álcool/drogas


avaliação médica irregular


ausência de controle da PA


nível educacional < 1º grau completo


nível sócio-econômico




IV – Cálculo da Classificação do Risco em Hipertensos


FATORES
DE RISCO

Pressão Arterial
Normal

Pressão Arterial:
Limítrofe

Pressão Arterial
Estágio I

Pressão Arterial
Estágio II

Pressão Arterial
Estágio III

Pontos = 0

Sem risco adicional

Sem risco adicional

Risco baixo

Risco médio

Risco alto

Pontos = 1 ou 2

Risco baixo

Risco baixo

Risco médio

Risco médio

Risco muito alto

Pontos >= 3

Risco médio

Risco alto

Risco alto

Risco alto

Risco muito alto

Presença de doença cardiovascular

Risco alto

Risco muito alto

Risco muito alto

Risco muito alto

Risco muito alto



Referência:

- Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Nefrologia. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. 2006.




[05] - Classificação do Risco em Pacientes com Asma

A avaliação do risco dos pacientes com asma baseia-se, sobretudo em critérios clínicos.

Variáveis com compõem o escore

1. Número de crises asmáticas que necessitaram de tratamento médico em consultório, emergência ou hospital nos últimos 6 meses

PONTOS

( ) nenhuma

1

( ) 1

2

( ) 2

3

( ) 3 ou 4

4

( ) 5 ou mais

5

2. Freqüência de ataques de falta de ar ou aperto no peito durante o dia em geral

--

( ) nenhuma

1

( ) 1

2

( ) 2

3

( ) 3 ou 4

4

( ) 5 ou mais

5

3. Freqüência de ataques de falta de ar ou aperto no peito a noite em geral

--

( ) nenhuma

1

( ) 1

2

( ) 2

3

( ) 3 ou 4

4

( ) quase de hora em hora

5

4. Classificação da tosse durante o dia ou à noite em geral

--

( ) nenhuma

1

( ) ocasional mas sem seriedade

2

( ) incômodo somente quando tosse

3

( ) incômodo freqüente

4

( ) com aflição na maioria das vezes

5

5. Grau de dificuldade respiratória durante esforço em geral

--

( ) pode caminhar indefinidamente

1

( ) respiração encurtada somente em esforços extremos

2

( ) respiração encurtada com exercícios moderados

3

( ) respiração encurtada com esforço mínimo

4

( ) respiração encurtada em repouso

5

6. Tratamento necessário para controlar a asma em geral

--

( ) nenhum

1

( ) uso intermitente de broncodilatadores beta-agonistas

2

( ) uso de teofilina oral continuadamente

3

( ) uso regular de broncodilatadores inalantes

4

( ) uso de corticóides por via oral ou em aerosol

5

TOTAL DE PONTOS




Classificação do Risco:


Classificação do Risco

Pontuação

1

Risco baixo

6 pontos

2

Risco médio

De 7 a 18 pontos

3

Risco alto

De 19 a 30 pontos



Referência:

- Brooks SM, Bernstein IL, et al. Assessment of airway hyperresponsiveness in chronic stable asthma. J Allergy Clin Immunol. 1990; 85: 17-26.





[06] - Classificação do Risco em Pacientes com DPOC (Deficiência Pulmonar Obstrutiva Crônica)

A avaliação do risco dos pacientes com asma baseia-se em critérios clínicos.


Risco Baixo

Risco Médio

Risco Alto

Tosse

( ) Tosse do fumante

( ) Tosse com ou sem produção de escarro

( ) Tosse importante

Falta de ar

( ) Nenhuma ou mínima

( ) Presente aos médios e grandes esforços

( ) Presente aos pequenos esforços

Sibilos, cianose, edema periférico, policitemia ou pulmão hiperinsuflado

( ) Nenhum desses sinais

( ) Somente sibilos

( ) Um ou mais desses sinais

CLASSIFICAÇÃO*





* Considerar a categoria mais elevada marcada


Referência:

- COPD Guidelines Group of the Standards of Care Committee of the British Thoracic Society. BTS Guidelines for the management of chronic obstructive pulmonary disease. Thorax. 1997; 52 (Supplement 5): S1-S28 (Table 2 and Figure 3, page S7).
- Sutherland ER, Cherniack RM. Management of chronic obstructive pulmonary disease. N Engl J Med. 2004; 350: 2689-2697.





[07] - Classificação do Risco de Hospitalização ( pacientes acima de 64 anos - referência Pakala, C. Bolt )

A avaliação o risco individual de utilização de serviços para pacientes idosos baseia-se em um instrumento de rastreamento que mostrou, em estudos recentes, que indivíduos classificados como de alto risco são hospitalizados duas vezes mais que aqueles considerados como de baixo risco.


Variáveis com compõem o escore:

1. Idade do paciente em anos:
>=85 = 0,559
>=80 = 0,327
>=75 = 0,255

2. Sexo (M : Masculino, F : feminino):
M = 0,257
F = 0

3. Número de visitas ao médico nos últimos 12 meses

> 6 = 0,318
<= 6 = 0

4. Paciente foi hospitalizado nos últimos 12 meses ? ( ) sim ( ) não
SIM = 0,545
NÃO = 0

5. O paciente tem doença coronariana? ( ) sim; ( ) não
SIM = 0,39
NÃO = 0

6. O paciente tem diabetes melitus? ( ) sim; ( ) não
SIM = 0,319
NÃO = 0

7. Existe disponibilidade de um amigo, parente ou vizinho para ajudar a cuidar do paciente? ( ) sim; ( ) não
SIM = -0,738
NÃO = -0,738

8. Auto avaliação da saúde:
muito boa = 0,327
boa = 0,34
ruim = 0,552
pobre = 0,77


CRITÉRIOS PARA CONSTRUÇÃO DO ESCORE DE RISCO GLOBAL:

Fórmula para cálculo do risco (%):

Risco = exponencial de A / [1 + exponencial de A] X 100

onde A = [(Soma dos 8 itens) -1,802]

Obs: Quanto mais elevado o percentual encontrado maior o risco.


Cálculo da Classificação do Risco de Hospitalização:

Interpretações possíveis: (A)

- Risco Baixo : até 50 %
- Risco Alto: acima de 50 %

Interpretações possíveis: (B) (*critério nativamente publicado no IW).

- Risco Baixo : até 33 %
- Risco Médio: de 34% até 66%
- Risco Alto: acima de 66%


Referências:

- Pacala JT, Boult C, Boult L. Predictive validity of a questionnaire that identifies older persons at risk for hospital admission. J Am Geriatric Society. 1995; 43: 374-377.
- Pacala JT, Boult C, Reed RL, Aliberti E. Predictive validity of the Pra instrument among older recipients





[08] - Classificação quanto ao Alcoolismo (CAGE)

O rastreamento dos casos de alcoolismo se faz por meio do CAGE. O teste vem sendo amplamente utilizado como critério para categorizar os entrevistados como alcoolistas ou não. Trata-se de questionário composto por quatro perguntas, desenvolvido em 1968, que considera como caso suspeito de alcoolismo alguém que responda afirmativamente a duas ou mais perguntas. No Brasil observou-se uma sensibilidade de 88% e uma especificidade de 83%. Em outros países têm obtido valores semelhantes para a sensibilidade, e uma especificidade entre 90 e 95%.

Perguntas que compõem o escore:

  1. Alguma vez o senhor ou senhora sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica ou parar de beber?

( ) sim; ( ) não

  1. As pessoas o aborrecem porque criticam o seu modo de tomar bebida alcoólica?

( ) sim; ( ) não

  1. O senhor ou senhora se sente chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma tomar bebidas alcoólicas?

( ) sim; ( ) não

  1. Costuma tomar bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca?

( ) sim; ( ) não


Critério de pontuação:


Pergunta

Resposta

Pontuação

1

Alguma vez você sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica ou parar de beber?

( ) sim
( ) não

1 ponto
0 pontos

2

As pessoas o aborrecem porque criticam o seu modo de tomar bebica alcoolica ?

( ) sim
( ) não

1 ponto
0 pontos

3

Você se sente chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma tomar bebida alcoolica ?

( ) sim
( ) não

1 ponto
0 pontos

4

Costuma tomar bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca?

( ) sim
( ) não

1 ponto
0 pontos


Pontuação máxima : 4 pontos


Classificação do Risco:


Classificação do Risco

Pontuação

1

Risco alto

De 1 a 2 pontos

2

Diagnóstico de alcoolismo

>= 3


Referência:

- Mayfield D, McLeod G, Hall P. The CAGE questionnaire: validation of a new alcoholism screening instrument. Am J Psychiatry 1974;131: 1121-3.
- MASUR, J. & MONTEIRO, M.G. Validation of the CAGE alcoholism screening test in a Brazilian psychiatric hospital
setting. Braz. J. Med. Biol. Res., 16:215-8, 1983.




[09] - Classificação do Tabagismo (Fagerström)




Referência:

Research Report: The Fargerström Test for Nicotine Dependence: A revision of the Fargerström Tolerance Questionare- Britsh Journal of Addiction (1991) 86,1119-127



[10] - Classificação do Risco de Depressão

O rastreamento dos casos de depressão se faz por meio da forma abreviada do Patient Health Questionnaire, que mostrou uma sensibilidade de 83% e especificidade de 92%.

Perguntas que compõem o escore de risco de depressão

  1. Nas últimas 2 semanas, com que freqüência você se sentiu deprimido, aborrecido ou infeliz?

|_| nunca;

|_| alguns dias;

|_| mais da metade dos dias;

|_| quase todos os dias


  1. Nas últimas 2 semanas, com que freqüência você apresentou pouco prazer ou interesse para as atividades?

|_| nunca;

|_| alguns dias;

|_| mais da metade dos dias;

|_| quase todos os dias


Critério de pontuação:


Pergunta

Achado

Pontuação

1

Nas últimas 2 semanas, com que freqüência você se sentiu deprimido, aborrecido ou infeliz?

( ) nunca
( ) alguns dias
( ) mais da metade dos dias
( ) quase todos os dias

0 pontos
1 ponto
2 pontos
3 pontos

2

Nas últimas 2 semanas, com que frequencia você apresentou pouco prazer ou interesse para as atividades ?

( ) nunca
( ) alguns dias
( ) mais da metade dos dias
( ) quase todos os dias

0 pontos
1 ponto
2 pontos
3 pontos



Classificação do Risco:


Classificação do Risco

Pontuação

1

Risco baixo

< 3 pontos

2

Risco alto

>= 3 pontos



Referência:

Kroenke K, Spitzer RL, Williams JB. The Patient Health Questionnaire-2: validity of a two-item depression screener. Med Care. 2003 Nov;41(11):1284-92.



[11] - Classificação do Risco em Pacientes com Doença Renal

A avaliação do risco dos pacientes com doença renal baseia-se na taxa de filtração glomerular.

A Filtração Glomerular deve ser avaliada anualmente através da fórmula de Cockroft-Gault:

FG ( ml/min) = (140 - idade) x peso x ( 0,85 se mulher) / (72 x creatinina sérica (mg/dL) )

O estágio do comprometimento renal do paciente deve ser classificado de acordo com o quadro abaixo:


Estágio

Taxa de filtração glomerular (mL/min)

1

>= 90

2

De 60 a 89

3

De 30 a 59

4

De 15 a 29

5

< 15 ou em diálise




[12] - Chances de Sucesso da Mudança Comportamental (O´Donnell)

Esse escore visa avaliar as chances de sucesso do ingresso do paciente em programas de monitoramento podendo participar de critérios de elegibilidade para o ingresso ou em avaliações periódicas objetivando a decisão de manutenção ou não do paciente em programas de monitoramento.


Perguntas com compõem o escore :


Pergunta

Pontuação

1

[1] - (Informação): Sabem o que deve mudar :

1 = pouca
2 = médio
3 = muita

2

[2] - (Motivação): Querem mudar

1 = pouca
2 = médio
3 = muita

3

[3] - (Habilidades): Sabem como mudar

1 = pouca
2 = médio
3 = muita

4

[4] - (Oportunidades): Têm chances

1 = pouca
2 = médio
3 = muita



Classificação do escore:

Pontuação : > 5 ==> Provável
Pontuação : de 4 e 5 ==> Possível
Pontuação : de 1 a 3 ==> Improvável



[13] – Classificação Geral do Risco


O escore geral do risco proposto é uma combinação dos escores de risco que compõem o Escore Multidimensional do paciente.

Na sua versão nativa o IW propõe a seguinte fomulação

São consideradas as seguintes classificações de risco de (1) a (7) :
- 1 – Risco em pacientes diabéticos (baixo , médio, alto)
- 2 – Risco cardiovascular (Framingham) (baixo , médio, alto)
- 3 – Classificação do risco em pacientes com insuficiência cardíaca (baixo , médio, alto)
- 4 – Classificação do risco em pacientes hipertensos (sem risco adicional, baixo , médio, alto, muito alto)
- 5 – Classficação do risco em pacientes com asma (baixo , médio, alto)
- 6 – Classficação do risco em pacientes com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) (baixo , médio, alto)
- 7 – Classificação do risco de hospitalização em pacientes idosos (Pakala, C. Bolt) (baixo , médio, alto)


A classificação geral do risco do paciente poderá assumir um dentre os seguintes valores:

1 – Sem risco adicional
2 – Risco baixo
3 – Risco médio
4 – Risco alto
5 – Risco muito alto

Critério de cálculo da classificação geral do risco: O risco geral do paciente será a maior classificação encontrada para para os escores de (1) a (7). Caso um paciente possua mais de um escore classificado como “risco alto” a classificação geral do risco do paciente é elevada para “Risco muito alto”.

Esse escore visa oferecer um critério de automatização da proposta de “Plano de atenção” para cada indivíduo. Os planos de atenção determinam em termos práticos o nível de serviço (intensidade de eventos de monitoramento de call center e/ou presenciais (em domicílio ou ambulatorial)). Quanto maior a classificação do risco geral do paciente mais intenso (contatos telefônicos ou presencias mais frequentes) deverá ser o plano de atenção.

Nota: A cada re-avaliação do paciente, em ocorrendo alteração da risco e ou modificação do plano de atenção diretamente pelo gestor o IW recalcula automaticamente o planejamento dos eventos (call center e/ou presenciais) de forma automatizada.


IMPORTANTE: Cada empresa naturalmente terá a liberdade de formalizar a grade de planos de atenção bem como os critérios adotados para escolha do plano de cuidados em função do grau de risco dos pacientes monitorados.